AVALIAÇÃO DA CIENTIFICIDADE DA GEOGRAFIA CRÍTICA: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DE MILTON SANTOS COM BASE NO CONCEITO DE FALSEABILIDADE DE KARL POPPER
Resumo
O texto, resultado de pesquisa epistemológica de metodologia analítico-interpretativa e descritiva, tem como objetivo avaliar a cientificidade da geografia crítica, com base na teoria da ciência de Karl Popper e nas contribuições teóricas do geógrafo Milton Santos, um dos expoentes da geografia crítica desenvolvida no Brasil. Diferentemente das visões de geógrafos críticos marxistas, o postulado teórico-metodológico de Santos foi assumidamente eclético. Nunca se propôs a fazer uma geografia marxista ou pós-moderna, mas sim a fazer uma geografia crítica e, até, uma “espaciologia” concebida como ciência que viria a substituir a geografia moderna e a New Geography. No Brasil, a geografia crítica ocorreu no final da década de 1970, tornando-se hegemônica na década de 1990. No início do século XXI, com a crise do marxismo, os pressupostos teórico-metodológicos da geografia crítica começaram a ser questionados em sua lógica científica. Por essa razão, o conceito de falseabilidade de Karl Popper, em sua lógica de cientificidade, foi o critério escolhido para a avaliação proposta em sua visão crítica.
Palavras-chave: Teoria da Geografia. Geografia Contemporânea. Filosofia da Ciência.
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