Mudanças climáticas e a transição energética: caminhos para reconstrução da política externa brasileira
Resumo
Em 2024, presidência do G-20 será do Brasil, caracterizando uma oportunidade de retomar o protagonismo de sua política externa, priorizando temas importantes de sua agenda. Dessa forma, com larga experiência e como segundo maior produtor de biocombustíveis, é relevante utilizar da presidência do G-20 para promover essa agenda, em paralelo com o protagonismo do país no combate às mudanças climáticas. Este artigo busca analisar como a agenda da mudança climática e transição energética, com o papel dos biocombustíveis, deve auxiliar na reconstrução da política externa brasileira, após os anos do governo anterior. Ainda, questiona como a presidência do Brasil no G-20 pode auxiliar a liderança do país na transição energética global e combate às mudanças climáticas. Assim, a pergunta que conduz o artigo é: como as pautas das mudanças climáticas e transição energética contribuem para reconstrução da política externa brasileira? A hipótese é que a presidência do G-20 fortalece a posição de líder do Brasil na busca por soluções globais, sobretudo para questões relacionadas à energia e ao meio ambiente, sendo o país o promotor de pautas e agendas. A utilização internacional dos biocombustíveis traz ganhos econômicos e contribui para uma narrativa internacional positiva, reforçando a influência do país no cenário global sobre clima e energia. A pesquisa trabalhará com análise de política externa brasileira, utilizando revisão da literatura, análise de discursos oficiais, exame dos relatórios do G-20, dados sobre produção de combustíveis do GBA e observação sobre as pautas da reunião do grupo no Brasil.
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