EDMUND BURKE: FILÓSOFO DO ANTI-ILUMINISMO

Carlos Bezerra de Lima Júnior, Renan Maia

Resumo


O presente trabalho tem o intuito de fornecer um breve panorama da filosofia política conservadora de Edmund Burke, centrando-se na análise da obra Reflexões sobre a revolução na França, em que o autor irlandês faz uma análise do Iluminismo e da Revolução Francesa, definindo o pensamento conservador como crítico do pensamento revolucionário. A crítica à mentalidade revolucionária se dá na medida em que esta se coloca como uma forma de idealismo político, na qual busca-se um ideal ao qual a realidade social deve se adequar. O conservadorismo, por outro lado, define-se como filosofia política posicional e realista, se adequando às circunstâncias e à concretude do real, em que a experiência acumulada de uma sociedade se insere como determinante, sendo rejeitadas abstrações a priori, numa espécie de empirismo político. Também se caracteriza por um ceticismo frente às idealizações nunca testadas pela experiência e, de igual modo, frente a um otimismo quanto à possibilidade intelectual e moral de o ser humano idealizar uma sociedade perfeita que seja realizável e de querer efetivamente realizá-la.

Palavras-chave


Burke; Conservadorismo; Revolução Francesa

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